Toxoplasmose
É uma doença causada pelo esporozoário Toxoplasma gondii, ocorre com muita frequência na população humana sob a forma de infecção assintomática crônica.
É também considerada infecção oportunista que se manifesta com gravidade sempre que o hospedeiro sofra um processo de imunodeficiência (AIDS, Câncer, etc.).
O gato parasitado é o hospedeiro definitivo do esporozoário e elimina os oocistos pelas fezes, contaminando o ambiente.
Os oocistos podem, em condições ideias, se manter vivos até um ano e meio.
Os ratos, coelhos, bois, porcos, galinhas, carneiros, pombos, homem e outros animais são considerados hospedeiros intermediários e infectam-se das seguintes maneiras:
- Ao digerir os oocistos contaminados pelos gatos, diretamente do ambiente. Esses hospedeiros vão desenvolver pseudocistos ou cistos em seus tecidos (músculos, carnes);
- Ao se alimentar de carne crua ou mal cozida (leite e saliva são menos comuns) dos animais hospedeiros intermediários, que têm os cistos ou psedocistos em seus tecidos. Por exemplo, o boi ingere os oocistos no pasto e nós ao comermos sua carne mal cozida, ingerimos o Toxoplasma gondii.
A toxoplasmose pode ser também transmitida por via congênita (vertical), e nos primeiros três meses de gravidez pode causar o aborto ou complicações graves para o feto.
Neste caso, o parasita compromete principalmente o sistema nervoso, causando aumento ou diminuição do tamanho do crânio, retardamento mental, inflamação da retina que pode levar à cegueira permanente e até mesmo provocar a morte da criança.
Acredita-se que mais de 60% da população já tenha mantido contato com o parasito, que é pouco patogênico, sendo a maioria dos portadores assintomáticos. Porém, dependendo do hospedeiro a toxoplasmose pode tornar-se grave.
Dentre outras formas, temos a toxoplasmose ocular, que causa lesões na retina, podendo levar à cegueira parcial ou total, e a toxoplasmose cerebral, que causa convulsões, confusão mental e quadros de epilepsia, confundindo o diagnóstico com de um tumor.
As formas de se evitar a doença, são, principalmente, não se alimentar de carne crua ou mal cozida, e de seus derivados nas mesmas condições; manter boa higiene lavando as mãos após manipular os alimentos (carnes) ou após o contato com o solo, tanques, caixas de areias (eventualmente poluído por gatos) e com os próprios gatos, que retêm nos pelos os oocistos.
Os gatos domésticos devem alimentar-se de rações ou alimentos previamente cozidos, evitando-se carnes cruas e a caça de roedores.
As fezes e forrações dos seus leitos devem ser eliminadas diariamente e as caixas de areia, lavadas duas vezes por semana, com água fervente.