Filariose
Também conhecida por elefantíase, devido ao grande aumento que a doença acarreta nos membros, principalmente pernas e órgãos genitais externos das pessoas infectadas (raramente braços e mamas).
O parasito responsável é a Wuchereria bancrofti, que requer no seu ciclo de vida a presença de um mosquito vetor (gênero Culex), também conhecido como pernilongo, muriçoca e carapanã.
A infecção ocorre quando o mosquito parasitado, ao picar o homem para alimentar-se, transmite as larvas da filaria.
Estas dão origem aos vermes adultos, que medem cerca de três a dez centímetros e localizam-se nos vasos linfáticos, onde promovem reações inflamatórias (granulomas) e ou edema, pois, ao formar novelos, causam obstrução parcial ou total dos vasos.
Como a circulação linfática tem por função retirar o excesso de líquidos dos tecidos, sua obstrução causa o inchaço local.
Preferencialmente à noite, as fêmeas dos vermes liberam as larvas (microfilárias) que circulam no sangue do hospedeiro. Considerando-se este fato, o diagnóstico é realizado através do exame de sangue, que deve ser retirado entre 22 h e 4 h da madrugada. A biópsia de gânglios linfáticos é uma outra forma de pesquisar a presença do parasito.
A transmissão da parasitose ao mosquito (vetor) se dá quando ela, ao se alimentar do sangue de um indivíduo parasitado, recebe também as microfilárias.
O combate e extermínio dos vetores é o principal modo de se evitar a doença. As medidas indicadas, dentre outras, são: uso de inseticidas nas casas, repelentes, mosqueteiros, telas nas janelas, evitar depósitos de água parada sem proteção.