domingo, 10 de julho de 2011

Principais infestações causadas pelos insetos



Pediculose

É a infestação causada por piolhos, insetos que possuem o corpo achatado, sem asas e se alimentam de descamações da pele.

As espécies que comprometem o homem são Pediculus humanus capitis, que afeta a região da cabeça - couro cabeludo - e cujos ovos (lêndeas) ficam aderidos aos fios de cabelo e P. humanus corporis, também é conhecido como "muquirana", que se alimenta na superfície do corpo e  fixa seus ovos nas roupas do hospedeiro. Existe ainda o gênero Phthirius pubis, popularmente conhecido como "chato", que se aloja nos pelos pubianos.

A adequada higiene do corpo e das roupas evita sua proliferação, bem como o hábito de trocar de vestimentas com frequência.

A pediculose manifesta-se por forte coceira que provoca dermatite por causa da reação do hospedeiro à saliva do inseto. Está associada às más condições sociais, e diferentemente, à falta de higiene. A transmissão ocorre de forma direta e o P. pubis transmite-se também por contato sexual.


Pulgas

As pulgas não voam, pois são desprovidas de asas, para locomover-se saltam de um hospedeiro a outro. Algumas espécies são capazes de transmitir doenças ao homem, como no caso da peste bubônica (Yersinia pestis), em que a pulga serve de agente responsável pela transmissão da doença do rato para o homem. 

Outra espécie importante para o homem é a Tunga penetrans (bicho-de-pé), cuja fêmea grávida penetra na pele, causando feridas e lesões, sobretudo nos pés.


Miíase

Também conhecida por "bicheira" ou "berne", é uma manifestação clínica causada pela presença de larvas de moscas em tecidos do homem, onde se alimentam, evoluindo para o parasitismo.

Sua transmissão ocorre através da postura dos ovos, pelas moscas, nas aberturas naturais do corpo ou na pele que apresenta ferida, cortes ou arranhões.

É frequente a miíase intestinal causada pela ingestão de alimentos contaminados por moscas. A ocorrência pode ser cutânea, subcutânea, nasal, em feridas, lábios, etc. As fêmeas põem de 10 a 300 ovos durante 4 dias. Após 12 a 20 horas de incubação, esses ovos eclodem, liberando as larvas que se alimentam, e, assim, destroem rapidamente os tecidos.

O tratamento consiste na remoção das larvas, com prévia anestesia e no caso das intestinais, com medicação anti-helmíntica.