terça-feira, 12 de outubro de 2010

Raiva


Raiva (Hidrofobia)

A raiva é uma doença quase sempre fatal, provocada por um vírus que ataca o sistema nervoso.

Esse vírus está presente em diversos mamíferos selvagens (como a raposa, o lobo, o gambá e o morcego) e domésticos, sendo o cão e o gato os principais responsáveis pela sua transmissão ao homem.

Essa transmissão se dá através de arranhões, lambidas em regiões com ferimento e, principalmente, através da mordida, que provoca na pele ferimentos por onde penetram o vírus presente na saliva do animal doente.

Após penetrar no organismo da pessoa, os vírus da raiva se multiplicam na região da mordida, podendo permanecer nesse local por um período que varia de dias até meses. Depois os vírus passam para os nervos periféricos e chegam ao encéfalo via medula espinhal.

Chegando ao encéfalo, provocam encefalite que leva o indivíduo à morte na maior parte dos casos.

Os sintomas podem demorar de alguns dias a alguns meses para se manifestar num indivíduo infectado. Inicialmente há sensação de dor e formigamento na região da mordida, seguida de febre e mal-estar.

A saliva torna-se grossa e pegajosa, surgindo depois dificuldades para ingerir alimentos e para beber devido a contrações na faringe e no músculo da deglutição.

Nessa fase só de pensar em beber água o paciente já começa a ter essas contrações, fala-se, então, em hidrofobia (aversão à água).

A paralisia destes músculos faz com que a salivação seja contínua.

A febre alta provoca delírios e gritos. Na fase terminal, os vírus causam sérios danos ao cérebro e à medula espinhal.

Em vista da gravidade da doença, são necessárias medidas severas para evitá-la, tornando obrigatória a vacinação de cães e gatos e o recolhimento dos animais soltos na rua.

Se uma pessoa for mordida por um desses animais deve tomar os seguintes cuidados:
  • Com água e sabão lavar várias vezes o local da ferida mantendo-o em água corrente durante algum tempo, aplicando depois um desinfetante e cobrindo o ferimento com gaze.

O aconselhamento médico não deve ser dispensado sob qualquer hipótese.

Se houver suspeita de que o animal está raivoso, inicia-se imediatamente o tratamento com soro e vacina antirábicos.

Nesse caso, a vacinação é eficiente mesmo após a mordida, que é uma exceção em relação às demais vacinas.

Mesmo que o animal não mostre sinais de raiva, exigir de seu proprietário o atestado de vacinação antirábica.

Além disso, ao animal deve ser mantido sob observação durante 10 dias, pelo menos, se no final desse período ela não manifestar a doença, o tratamento é dispensável, porém, se o cão adoecer, morrer, fugir ou se a observação não for possível, convém iniciar o tratamento imediato com a vacina e o soro.