sábado, 18 de dezembro de 2010

Amebíase

Amebíase

A amebíase, também conhecida como disenteria amebiana, é causada por um protozoário chamado Entamoeba histolytica, que parasita o intestino humano, onde encista.

A pessoa contaminada libera os cistos juntamente com as fezes.

Esses cistos são resistentes, permitindo a manutenção do parasita por longos períodos fora do corpo do hospedeiro.

As pessoas podem adquirir a amebíase ao comer as frutas ou verduras mal lavadas ou beber água contaminada por esses cistos.

No intestino grosso humano, as amebas liberam-se dos cistos e reproduzem-se, aumentando seu número.

Essas amebas podem provocar lesões na parede intestinal, acompanhadas de sangramento.

A partir disso, as amebas passam a se alimentar do sangue e de células do tecido intestinal.

Se não houver tratamento, elas invadem a mucosa intestinal, destruindo os tecidos por onde passam (por isso o nome histolítica, do grego: histo = tecido e lise = romper).

Podem atingir vasos sanguíneos e serem transportadas para outros órgãos, como fígado, pulmões e cérebro, onde também causam lesões que podem levar à morte.

A amebíase é caracterizada por diarréia e dor abdominal. 

As diarréias amebianas provocam em média, 10 ou mais evacuações diárias, líquidas, com muco e sangue, acompanhadas de cólicas abdominais.

A profilaxia consiste em medidas de saneamento básico, ingestão de água somente tratada ou fervida, frutas e verduras devem ser bem lavadas e pelo hábito permanente de lavar sempre as mãos, especialmente antes das refeições e depois de usar o banheiro.

Essas medidas são importantes não só para a profilaxia da amebíase, mas também de todas as outras doenças transmitidas pela ingestão de cistos de parasitas intestinais.

As amebas comensais (E. coli, Iodamoeba butschlii e outras) podem ser encontradas no intestino do homem, sem, porém, causar-lhe mal algum.

Tal fato, entretanto, deve servir de alerta para que o portador tome os cuidados necessários quanto a sua forma de transmissão – a mesma das amebas patogênicas (através das fezes).

Logo, as formas parasitárias podem não se encontrar nas fezes naquele momento, mas podem aparecer em outra ocasião.

Protozoários


Protozoários

Características Gerais

Os protozoários são seres unicelulares, heterotróficos e microscópicos.

A maioria é de vida livre em ambientes úmidos ou aquáticos, mas existem protozoários comensais (Entamoeba coli) e os que são parasitos do homem e os que são capazes de causar doenças graves, como a malária e a doença de Chagas.

Apresentam-se de duas formas distintas:
  • Forma de trofozoíto (também conhecida como vegetativa): é a forma ativa, que se reproduz, alimenta-se e vive no interior do hospedeiro;
  • Forma de cisto e oocisto: são formas inativas e de resistência dos protozoários, encontradas nas fezes do hospedeiro.

Possuem formatos variados – esféricos, oval e alongado – e alguns se locomovem através de flagelos, cílios ou projeções do próprio corpo (pseudópodes), mas também há aqueles que não se movimentam.

De acordo com suas estruturas de locomoção, podem ser divididos em quatro grupos, como indicado no quadro a seguir:

(Clique na imagem)

Os protozoários parasitos do homem podem habitar os tecidos, incluindo o sangue (Tripanosoma cruzi), as cavidades genitais e urinárias (Trichomonas) e o intestino (giárdia e ameba).

Tuberculose


Tuberculose

A tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, designação dada em homenagem a seu descobridor Robert Koch.

A tuberculose afeta o pulmão, mas pode atingir rins, ossos e intestino.

A transmissão ocorre quando uma pessoa sã aspira gotículas eliminadas pela tosse, pelo espirro ou pela fala de uma pessoa doente, ou quando aspira poeira contaminada por essas gotículas.

Dependendo da resistência do organismo, a evolução pode ser muito lenta ou muito rápida.

O grande perigo é que os sintomas iniciais podem passar desapercebidos ou ser confundidos com uma gripe.

Às vezes, só na fase avançada da doença surge tosse contínua com catarro, dor torácica, emagrecimento e febre.

Com o desenvolvimento da tosse, alguns vasos sanguíneos rompem e o doente poderá eliminar sangue no escarro (hemoptise).

Por esse motivo, qualquer tosse que dure mais de uma semana deve ser investigada pelo médico.

Existem medicamentos que, associados ao repouso e à boa alimentação, curam a tuberculose.

Entretanto, para a completa eliminação dessa doença na população é importante que ela seja diagnosticada logo, através de radiografia dos pulmões, que mostram sombras anormais antes mesmo da manifestação dos sintomas.

Depois, o diagnóstico da radiografia é confirmado pela presença de bacilos no escarro.

A cura completa demora cerca de seis meses e os membros da família que mantinham contato com o doente devem ser examinados por um médico.

Para diminuir a incidência dessa doença, é necessária a melhoria no padrão de vida da população (alimentação adequada, cuidados de higiene, etc.) e a vacinação de crianças com o BCG.

Esta vacina imuniza 85% dos casos e previne as formas mais graves de tuberculose.

Em áreas de elevada incidência, os adultos também devem ser vacinados.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tétano


Tétano

O tétano é uma doença muito grave, que pode até matar.

É causada pelo bacilo Clostridium tetani, encontrado principalmeente em solos contaminados com fezes de animais e do próprio homem infectado.

Esse bacilo tem a capacidade de sobreviver, sob a forma resistente de esporo, por muitos anos no solo, penetrando no corpo quando há uma lesão (machucado) ou queimadura(s) na pele.

Como o bacilo do tétano não sobrevive à presença de oxigênio, quanto mais profundo o ferimento, e, portanto, quanto mais livre do contato com o ar, maior probabilidade de o bacilo proliferar.

Após penetrar, multiplica-se e libera toxinas que afetam o sistema nervoso, provocando contrações musculares.

Os sinais característicos da doença são as contrações dos músculos faciais e da nuca, impedindo a movimentação normal da cabeça, determinando a abertura involuntária dos olhos e da boca, o que dá a impressão de que a pessoa contaminada está fazendo caretas. Também se contraem os músculos da coluna, que fazem com que o indivíduo fique recurvado para trás.

No recém-nascido, o bacilo pode penetrar também pelo cordão umbilical, quando este é cortado com instrumentos não esterilizados ou quando se coloca estrume de vaca, fumo e outras substâncias contaminadas no umbigo da criança, a título de ‘curativo’, hábito que infelizmente ainda está difundido na zona rural.

A profilaxia do tétano depende da educação sanitária e da melhoria do padrão de vida da população e da vacinação.

A vacina contra o tétano está associada às de difteria e da coqueluche (vacina tríplice).

Ferimentos profundos ou provocados por instrumentos perfurantes requerem observação médica.

Se o indivíduo ferido tiver sido vacinado há mais de um ano, a aplicação de um reforço será necessária para elevar a concentração de anticorpos ao nível adequado para a proteção.

São também cuidados no tratamento da ferida: limpeza com água e sabão, uso de antissépticos e substâncias oxidantes, como água oxigenada.

Se o indivíduo não tiver sido vacinado, deve-se usar soro antitetânico e antibióticos, prescritos pelo médico.

Posteriormente será aplicada a vacina.

O tétano no recém-nascido pode ser evitado se a gestante tomar a vacina antitetânica, conforme indicação do médico.