Malária
A malária é causada por um esporozoário do gênero Plasmodium (P. falciparum, P. vivax e P. malariae), que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, principalmente em regiões tropicais.
No Brasil, sua prevalência acontece nos estados da Amazônia, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
A transmissão ocorre com a picada de um vetor fêmea parasitada, do gênero Anopheles (conhecido vulgarmente por mosquito-prego), que só se alimenta de sangue.
Ao se alimentar, o mosquito injeta, junto com a saliva, os parasitas - os quais caem na corrente sanguínea e são levados até as células do fígado.
Lá se multiplicam intensamente de forma assexuada durante cerca de uma semana.
A seguir, invadem as hemácias do sangue, onde se alimentam, crescem e novamente se dividem assexuadamente, transformando-se em formas que rompam a hemácia.
Os mosquitos infectam-se quando sugam o sangue de uma pessoa doente, levando para o seu intestino o parasita. No mosquito, os parasitas reproduzem-se sexuadamente, originando inúmeros 'filhotes', que migram para as glândulas salivares do inseto.
Suas outras formas de transmissão são iguais às da doença de Chagas, sendo a transmissão congênita muito rara.
O estado clínico caracteriza-se por acessos febris cíclicos, por exemplo, de 48 em 48 horas (febre terçã benigna) ou de 72 em 72 horas ( febre quartã), dependendo da espécie envolvida.
Esses acessos febris tão característicos da doença devem-se à destruição das hemácias com liberação de substâncias tóxicas.
Além dos danos causados ao fígado pela presença do protozoário, a malária provoca também anemia, em consequência da destruição do grande número de hemácias. Nesse caso, há também todos os sinais e sintomas da anemia: cansaço, desânimo e falta de ar.
O combate e as formas de evitar a doença são semelhantes aos usados para outras doenças transmitidas por mosquitos.
É fundamental o combate aos focos aquáticos de larvas de mosquitos; o combate dos insetos adultos por meio de inseticidas, o uso de mosquiteiros e telas nas janelas e portas.
Para sua prevenção, muitas vacinas estão sendo testadas e algumas já estão em fase experimental.
O exame para a pesquisa do parasita é realizado no sangue e deve ser feito em todas as pessoas febris que moram em área endêmica de malária, e em todos os que lá estiveram.
Sua realização é muito importante para se evitar as formas graves e fatais da doença.