Na natureza todos os seres vivos estão intimamente ligados e relacionados em estreita interdependência. Como são muitos e de espécies diferentes, convivendo em um mesmo lugar e relacionado-se, interagem e criam vários tipos de associação. Essas associações podem ser de duas formas: positivas ou harmônicas e negativas ou desarmônicas.
Nas relações harmônicas, as partes envolvidas são beneficiadas e, quando não existem vantagens, também não há prejuízos para ninguém. Todos se relacionam e convivem bem. O comensalismo e o mutualismo são tipos de relações harmônicas.
No comensalismo, uma das espécies envolvidas obtém vantagens, mas a outra não é prejudicada. Como exemplo temos a ameba chamada Entamoeba coli, que pode viver no intestino do homem nutrindo-se de restos alimentares e jamais causar doenças para o hospedeiro.
O mutualismo é a relação em que as espécies se associam para viver de forma mais íntima, onde ambas são beneficiadas. Como exemplos temos os protozoários e bactérias que habitam o estômago dos ruminantes e participam na utilização e na digestão da celulose, recebendo, em troca, moradia e nutrientes.
As relações desarmônicas são caracterizadas pelo prejuízo para um ou mais organismos envolvidos. Entre as formas de relações desarmônicas, podemos citar a competição, a predação e o parasitismo.
No parasitismo, o organismo de um ser vivo hospeda um outro ser vivo de espécie diferente, que passa a morar e a utilizar-se dessa moradia para seu benefício. Os parasitos retiram os meios para sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro.
Todas as doenças infecciosas e as infestações dos animais e das plantas são causadas por seres considerados, em última análise, parasitos.
O efeito de um parasito no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afetar as funções vitais, como é o caso dos piolhos, até poder causar a sua morte, como é o caso de muitos vírus e bactérias patogênicas. Neste caso extremo, o parasito normalmente morre com seu hospedeiro, mas em muitos casos, o parasito pode ter-se reproduzido e disseminado os seus descendentes, que podem ter infestado outros hospedeiros, perpetuando assim a espécie.
De modo geral, há o estabelecimento de um equilíbrio entre o parasito e o hospedeiro, porque se o hospedeiro for muito agredido poderá reagir drasticamente (eliminando o parasito) ou até morrer, o que causará também a morte do parasito.
Então, nas espécies em que o parasitismo vem sendo mantido há centenas de anos, raramente o parasito provoca a morte de seu hospedeiro.